04/01/2018

Pe. Monteiro da Costa foi pároco de Aboim durante 57 anos


Natural de Rebordões, uma freguesia do concelho de Santo Tirso onde predomina a indústria têxtil, ele próprio oriundo de uma família operária, José Augusto Monteiro da Costa, nascido a 20 de Fevereiro de 1932, tinha 12 anos de idade quando ingressou no Seminário de Trancoso, em Vila Nova de Gaia. Seguir-se-iam o Seminário de Vilar (do 3º ao 7º ano) e o Seminário Maior, na Sé do Porto (do 8º ao 12º ano).
Foi ordenado presbítero a 22 de Dezembro de 1956, na Sé Catedral do Porto, por D. António Ferreira Gomes. Celebraria a sua Missa Nova, a 30 do mesmo mês, na igreja paroquial de S. Tiago de Rebordões.
Nomeado, em Março de 1957, coadjutor da paróquia da Sé, no centro histórico do Porto, acompanhou de perto e viveu intensamente os acontecimentos que levariam D. António Ferreira Gomes ao exílio (a partir de 28 de Abril de 1959), na sequência da célebre carta que o ilustre prelado escrevera, no ano anterior, ao ditador Salazar a criticar diversos aspectos da realidade política, social, cultural e religiosa portuguesa de então.
D. Florentino de Andrade e Silva, administrador apostólico da Diocese do Porto na ausência do seu bispo titular, veio a nomeá-lo pároco de Aboim e Vila Garcia, paróquias de que tomaria posse no Domingo, 23 de Outubro de 1960. Curiosamente, o padre Monteiro da Costa, que não conhecia particularmente a região, tinha estado na freguesia de Aboim, ainda seminarista, em Agosto de 1955, por ocasião das exéquias do padre Carlos Preda da Rocha, o penúltimo pároco que o antecedeu e também o que se lhe segue em termos de maior longevidade (44 anos) à frente dos destinos da paróquia de Aboim.
A partir de Outubro de 1971, durante três anos lectivos, foi professor de Religião e Moral na Secção Liceal de Amarante do então Liceu Nacional de Guimarães. Por ocasião do 25 de Abril, integrou a primeira Comissão Directiva democrática da Secção Liceal e depois da Escola Secundária de Amarante, entretanto criada, onde continuou a leccionar até Agosto de 2001.
Em 1989, decorrente do precário estado de saúde do Padre João Marques, titular durante cerca de cinquenta anos das paróquias de Gatão e da Chapa, passou a colaborar estreitamente com aquele na paroquialidade destas duas freguesias e, a partir de 21 de Janeiro de 1994, exerceu as funções de administrador paroquial de ambas. Com o falecimento daquele sacerdote, seria nomeado, em 14 de Maio de 2001, pároco de Gatão e da Chapa, que passou a acumular com Aboim e Vila Garcia. Em Julho de 2012, deixou a titularidade da paróquia de Gatão, mas manteve a das paróquias de Aboim, Chapa e Vila Garcia.
Faleceu a 7 de Dezembro de 2017, no Hospital CUF do Porto. Presididas por D. António Taipa, actual administrador apostólico da Diocese do Porto, as Exéquias Solenes foram celebradas, dois dias depois, na Igreja de Chapa, e foi a sepultar em Rebordões, Santo Tirso.







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